Paradoxo.

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«(...) É por isso que eu não fico satisfeito em sentir o que eu sinto se o que eu sinto fica só no meu peito.»

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

"Tenho muita pena e não consigo dizer mais nada."- Disse-lhe ele
"Tens pena? Pena... Tu não queres dizer mais nada do que isso?!! Pena... Pena..."- A palavra "pena", a sua frase dava-lhe voltas a cabeça. "Pena..."- Dizia ela outa vez, "Pena?! Tu não tens vergonha?! "
"Não, eu não consigo mais, eu não consigo..."
"És um TRISTE. Es um degredo."- Dizia ela a chorar de revolta.
"Desculpa. Eu gosto de ti, e juro-te que vou tentar"- Disse ele, arrependido do que lhe tinha feito e dito.
"Não acredito! Não acredito em nenhuma palavra tua. Não acredito, agora eu sou, não consigo. Es um mentiroso, apesar do que sempre te fizeste passar. Eu não confio em ti. Eu não acredito em ti. Palavras?!? Meu amigo, palavras toda a gente as sabe dizer! Palavras são muito faceis de mencionar. Palavras... Palavras para mim não significam nada. Para mim, não passam disso... Palavras, meras palavras. Onde ficam os actos, os gestos, tudo o que realmente eu posso ver e comprovar a verdade? Onde fica os actos, onde ficam as acçoes? Onde ficam, diz-me! Diz-me o que ainda fazes aqui comigo! Ainda me continuas a ouvir? Porque?! Vai-te embora! Não me magoes mais. Se não sentes nada por mim, diz-me o que estas a tentar mudar?! Não acredito em ti. Em nenhuma ou qualquer palavra que possa sair da tua boca. Mas digo-te sairei daqui bem. Muito bem alias, porque, eu sei, eu trabalhei por nos, eu tentei. E sempre disse o que sentia mesmo por vezes eu não o saiba, melhor, não consiga transmitir-te o que sinto, senti. Eu gosto de ti. Mas ACABOU. Tinha que acabar um dia e não há volta a dar. Mas fica sabendo que sempre gostei de ti, apesar de tudo. Mas não te dava o direito de fazer nada. Nada do que fizeste e não fizeste. Nada! Nada te daria esse direito! Depois de tudo. Não tinhas esse direito, repito."- Disse-lhe explodindo.
Ouvia em silencio pois mais nada saia para alem das suas lagrimas.
"Podes chorar. A mim não me comove. A mim não me diz nada. E que?! Isso são como as tuas palavras, promessas e actos falso e falhados? Não caio outra vez."- Disse isso enquanto arrumava as coisas e foi-se embora

2 comentários:

N R disse...

gostei muito do texto. é verdade, há pessoas que nos desiludem muito. Não pensam no que fazem e depois tentam desculpar-se. isso enerva-me tanto. Parabéns, gostei mesmo, vê-se que é sentido.

Inga disse...

As palavras conseguem ser muito mais fortes que os actos .