Paradoxo.

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«(...) É por isso que eu não fico satisfeito em sentir o que eu sinto se o que eu sinto fica só no meu peito.»

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

ás vezes a minha paciência e bom humor, passeiam juntos e caminham para longe...
«Acontecem coisas a mais em tempos cada vez mais breves. É arriscado pensar o que quer que seja, quanto mais dize-lo. O tempo desfoca qualquer juízo mal proferido, quer seja moral ou estético. É preciso sentir coisas e é cada vez mais difícil. (...) Eu sabia que as coisas não podiam voltar atrás, que nada acontece duas vezes, mas temia que também não estivesse a seguir em frente. (...) Chamemos as coisas pelos nomes. O amor que transportamos vai-se gastando por onde passamos. Não nasce do vento. O que levamos deste amor para aquele é muito pouco, não chega para nada. É preciso ter a vontade e energia e concentração para começar tudo outra vez. O que mais importa é o que só passa e nem se deixa tocar com os dedos. (...) Escrevo isto para me convencer que não vale a pena contrariar a solidão que aumenta. Penso nisto para aceitar o absurdo de andarmos misturados e cegos e impenetráveis. Vivo isto porque não tenho outra maneira de viver. Sinto o peito oprimido por uma dor antiga que sei não irá passar. Vejo (...) como estrangeiros cujos os corpos roçam o meu e cada qual segue com o seu destino desalinhado. (...) Éramos estrangeiros num sitio de ninguém.»


... e chega a deprimência! Sê muito bem-vinda, melancolia!
Pedro Paixão

1 comentário:

Inversão de Olhares disse...

Oi ? Que se passa minha filhinha ?

<3