Paradoxo.

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«(...) É por isso que eu não fico satisfeito em sentir o que eu sinto se o que eu sinto fica só no meu peito.»

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Há-de ser... (1)

Avistava-o ao longe. Sentia que era novo, novo naquele sitio onde toda a gente repara em toda a gente e se conhecem. Seguiam a mesma direcção. Ela ia com as amigas não sabe bem para onde. Sentiu curiosidade naquele ser estranho, sozinho ouvindo musica pelos corredores e com pressa de chegar a qualquer lado. Entrou num pavilhão e ela continuava a segui-lo com os olhos. Por mero acaso, entrou no mesmo pavilhão que o rapaz estranho da musica, mas houve a uma altura, por alguma razão que o perdeu de vista. Também não o tentou procurar. Seguiu para o seu compromisso. Nunca mais se esqueceu daquele ser, mas também não o recordava mantinha-se tranquilo dentro do que tinha captado naqueles breves momentos. Voltou para o seu lar, fez tudo o que fazia antes, mas aquele rapaz tinha qualquer coisa que mexeu com o olhar dela, qualquer coisa muito simples, muito natural, muito indiferente que a chamou a atenção. Ela não sabe, mas tentou não pensar na situação, «é só mais uma pessoa nova, por lá» - tentava pensar ela.
No dia seguinte, pelo o fim da manhã o ser estranho da musica, apareceu subitamente diante dela. A sua memoria nem precisou de excluir partes para se lembrar de onde o conhecia. Dirigiram-se para os mesmos pavilhões do dia anterior, na mesma altura, para o mesmo andar. Hoje, não o perdeu de vista. Contemplava aquele ser, achava-o tão diferente do que já tinha visto. Estavam em salas próximas, ela deixou-o ficar. Até ao momento em que olha para a porta da sala e vê o seu professor, um grande professor dela que estabelece alguma simpatia há alguns anos. Ela agiu da mesma maneira, sempre que vê esse tal professor, vai comprimenta-lo. Assim o fez. Começaram a trocar palavras, frases, dois dedos de conversa e o rapaz com os fones, a observar muito admirado. O professor começou a apresenta-la aquela parte da turma. Até que, não sei bem como o aconteceu uma rapariga da mesma turma se dirigiu para ela e disse: Prazer! e dando-lhe um passa-bem. Ela não teve reacção. Talvez estivesse a pensar no propósito daquela atitude. Não sei. O ser estranho que observava, ficou a olhar para ela, sorriu e (como a mão dela continuava suspensa no ar e acredito que com uma expressão facial muito estranha) agarrou-lhe na mão e apenas sorriu, novamente. Tinha um sorriso magnifico. O seu toque suave, leve elevou-a por instantes, ainda em choque.

Sem nada saberem um do outro, sabem que partilham o mesmo gosto: Fotografia.

5 comentários:

Inversão de Olhares disse...

Esta merda de gente não tem mais nada que fazer da vida :x

"Agarrou-lhe na mão e apenas sorriu." faz-me lembrar partes da minha vida (no entanto não sei se isso é bom ou mau xD)

Inversão de Olhares disse...

Para esse tipo de gente já nem há mais palavras.
No momento foi bastante bom, claro. Mas agora não sei se ainda o é.

< Filha 3

Inversão de Olhares disse...

É inevitável não ligar quando supostamente são 'amigos' meus que o fazem e principalmente à frente da pessoa em questão !

< Filha 3

Inversão de Olhares disse...

A sério, é a verdade :x
E como se já não me chegassem as bocas e afins, tal como eu, a personagem em questão afastou-se de mim porque também detesta essas cenas. É sempre bom foderem-me a vida :D

< Filha 3

Inversão de Olhares disse...

Sim é quem estás a pensar. Ele não fala comigo... e se ele não fala eu não falo xD Esquece sou grande teimosa e orgulhosa.