Paradoxo.

A minha foto
«(...) É por isso que eu não fico satisfeito em sentir o que eu sinto se o que eu sinto fica só no meu peito.»

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Há-de ser... (2)

Passeiam pelos mesmos corredores e as salas estão proximas. Ela não nada a segui-lo, ela nem sabe muitas das vezes que ele está lá, não repara, mas anseia ve-lo. Anseia falar com ele. Ouvir o timbre, a entoação das palavras, o volume da sua voz. Anseia mais que tudo recordar a cara dele. Aquele pequeno e estranho ser despertou-lhe curiosodade, interesse. Desconhece todo e qualquer motivo de tanto desejo. Ela só o quer contemplar.
No final da manhã, enquanto ela e os seus amigos iam pelo corredor em direcção a porta avistou o ser estranho, o ser que ela tanto ansiava, o ser que ela queria mais que tudo conhecer, a olha-la. Fizeram uma pequena troca de olhares que ela muito rapidamente cortou. Sentui-se demasiado envergonhada, nervosa. O que havia ela de fazer, naquela situação? - Pensava ela para si. Enquanto os seus amigos continuraram a falar e tudo continuou em movimento excepto ela. Ela parou! O mundo dela parou! Ficou a pensar nisso a tarde toda... A ideia de que ele pense que ela não se lembra dele, a ideia absurda de qualquer coisa! Isso atormentou-a! Ela queria tanto que acabou por se refugiar no medo de fazer qualquer tipo de acção. E andou sempre, a ideia sempre a rodar a sua mente. Com aulas durante a parte da tarde, dirigiram-se para a escola. Segundo e ultimo intervalo da parte da tarde ela lá o encontrará. No meio dos amigos, a sorrir, a sorrir. O maravilhoso sorriso. Ela olhava para ele e não conseguia ter ideias. Ela olhava para ele e pensava «Meus deus! Que sorriso! Que expressão e maneira de estar!». Tentava distrair-se por vezes.
De qualquer maneira, para já, a unica coisa que lhes une é a paixão por fotografia.

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