Paradoxo.

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«(...) É por isso que eu não fico satisfeito em sentir o que eu sinto se o que eu sinto fica só no meu peito.»

terça-feira, 2 de junho de 2009


Encontrávamos ao iniciar de um belo dia de sol. Olhando para o chão, silenciosos de sono. Caminhávamos juntos lado a lado esperando alcançar um caminho certo enquanto os primeiros raios de sol iluminavam as pequenas partes do passeio. Continuávamos calados. Qualquer palavra estaria a mais, naquele momento. Penso que também não nos apetecia falar. Do nada ouvi um ruído vindo do teu lado. Olhei-te, ouvi-te sem estar a prestar atenção as palavras que iam saindo da tua boca e que, na minha ideia de tempo, muito rapidamente.
Muito lentamente recordava as nossas brincadeiras e frases que insistias.
Palavras rápidas, memórias lentas.
Parei no tempo! Suponho que, por instantes, tenha adormecido. Quando estremeci e senti a tua falta, acordei. Ainda embelecida pelo sono cego da minha alma e dos meus olhos, levantei-me, procurei-te, mas não te encontrei. Tentei dar um passo e caí. Levantei-me, mais uma vez, e corri para casa esperando te encontrar lá. Em vão... Um belo dia de sol transformou-se num melancólico e banal dia de sol.

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