Paradoxo.

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«(...) É por isso que eu não fico satisfeito em sentir o que eu sinto se o que eu sinto fica só no meu peito.»

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Existe uma questão  - tem ocorrido com alguma frequência na minha cabeça - que me deixa um pouco inquieta. Será que existe um tempo de reflexão e outro para o vazio? Pois, existe sempre algum espaço de tempo em que parecemos distantes do mundo, de nós mesmos (talvez com alguma (inconsciente) esperança de nos vermos melhor ou de sabermos tomar/analisar com mais precisão e eficácia as decisões, as circunstâncias que somos obrigados a lidar no dia-a-dia.) - não, não de nos ser tudo indiferente mas como se os argumentos, os pensamentos e as palavras, por vezes, não tivessem connosco, como se não tivéssemos "a capacidade" de os possuir. E depois desse tempo - uma semana, um mês, um ano - a gente caí em nós e o que é que retemos? ...
Hoje deu-me vontade de voltar. Uma vontade estranhamente desconhecida. Voltar a publicar sentimentos retidos... Nunca me tinha ocorrido tal.
Contudo, acho que vim para "despejar". É com pena que digo que é a primeira e única coisa que tenciono escrever daqui para a frente sobre este assunto.
E não sei bem por onde começar... Se teve um começo? Bem, eu quero acreditar que sim e que não andei somente à deriva a espera de pousar em algum território sólido. Meio? Acho que não, mas fim certamente. É tanta coisa que começar parece absurdo! Não existe uma ponta em que possa pegar e dizer "é por aqui!". Contudo, a mágoa que ficou é tão grande, é tão forte que por muito sentimento que nutre por ti, infelizmente, não é nada. Ainda doí, ainda custa, ainda magoa e acima de tudo ainda existe em mim, ainda existes em mim. E esse tenha sido o maior erro que tenha cometido e a maior decisão que tenha feito. De facto, perdi-te mas o que ganhei depois disso? Foram só coisas boas. Se tivesse contigo estaria a sentir-me a melhor pessoa do mundo mas nunca teria conhecido o que conheci hoje. É chato ainda remoer a saudade, e acho que nunca vai passar mas estou certa que melhora! Portanto, se te devo alguma coisa é um até já (deixando margem para as eventualidades que possam existir durante a minha vida).

1 comentário:

Kate disse...

Só agora é que li, acho que consegui perceber-te a cada palavra :)
Já te disse, todos temos assuntos por resolver, o segredo está em conseguirmos resolver isso connosco mesmos.
Fora isso, vou estar sempre aqui para fazer cadeirinha :D