Paradoxo.

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«(...) É por isso que eu não fico satisfeito em sentir o que eu sinto se o que eu sinto fica só no meu peito.»

quinta-feira, 13 de maio de 2010

«Os teus cabelos negros são os laços que me atam e desatam, que me arrastam. Bicho do mar, ave subitamente esvoaçando no ar, tu ergues-te sobre a minha melancolia. A tua boca é a minha entrada para a asfixia. Porque vagueias tu pelo deserto em busca do vento? Porque persegues a tua sombra? Não encontrarás essa vida que procuras, porque nada permanece.
O tempo, que tudo promete ao esquecimento, quando virá ele em meu auxílio?
Foi bom ter-te por perto tão longe e ouvir a tua voz e ver os teus olhos ternos e doces. Sou como o pião que tem que girar constantemente e quando pára cai aos trambolhões pelas escadas a baixo. A doença dos piões que teimam em girar, girar, girar perto de escadarias altas.
Já regressei e ainda não cheguei. Porque estou a escrever, a rever, a reescrever, a voltar a sentir, a repetir, a assustar-me, a maravilhar-me, a sentir horror, a querer fugir, a querer voltar, a não querer acabar. De repente tenho saudades tuas sem saber porquê.»


Tenho necessidade de explodir e não expludo. Fazes com que eu seja um pião nas tuas mãos.

2 comentários:

Inversão de Olhares disse...

Filha canta " AVÉ MARIA ..." , as coisas ficam bem :) A vontade de explodir passa.

Filha <3

Kate disse...

está no blog, em mim (já) não 8D