Paradoxo.

A minha foto
«(...) É por isso que eu não fico satisfeito em sentir o que eu sinto se o que eu sinto fica só no meu peito.»

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

«Pensava como a vida não era como que devia, como as coisas não aconteciam como era previsto, como o mundo persistia em feri-la. Mantinha os olhos fechados, embora não tivesse a intenção de adormecer. Os olhos fechados, assim como o corpo fechado, eram a maneira que tinha de se proteger da violência das coisas, de reencontrar dentro de si a beleza da frágil flor azul. Desde pequena que usava aquele estratagema para se libertar do peso bruto e sem sentido de tudo a que desconhecia a origem e o fim. Protegia-se no seu corpo, fechava os olhos e trazia á consciência uma pequena flor azul, magnifica e eterna. Isso trazia-lhe serenidade. Não sabia porquê nem se perguntava porquê.»


Onde já não há forças chorar nem forças para sorrir, aí sorri o humor debaixo das lágrimas.

Sem comentários: