Tenho uma pequena certeza que era disto que precisava. De poder ver um pessoa com tanta determinação e desejo, de tudo.
Ao voltar aqui sinto-me vazia e tudo me parece extremamente vago em comparação com as magnificas paisagens que pude observar. Tudo me parece demasiado. Mas, para além de tudo, fizeste-me perceber uma coisa, uma grande coisa, pena é eu já ir tarde demais. Demasiado tarde. Enquanto falavas eu ouvia-te como uma criança que ouve uma melodia com que se identifica sem saber. Sem prestar atenção, tomando o rimo, o timbre, a entoação das palavras como certa e elevando isso acima de qualquer diagnóstico rápido.
Ficávamos perplexos com o que sabias, não só mostrar como fazermo-nos sentir de uma tal maneira que conseguiste que crescesse uma enorme saudade dele dentro de mim, uma coisa que ninguém conseguiu fazer: Apelar ao meu lado sensível, pelo menos, não dessa maneira, não com essa rapidez, não com essa intensidade que me fez questionar: Agora faria qualquer diferença? Se eu admitir que essa verdade é realmente uma verdade certa, isso ajudar-me-à a passar mais rápido? Não escondendo os sentimentos para mim, ajudará alguma coisa?. Perguntas como estas, antes seria absolutamente impossível ponderar, porque acima do que eu sentia estava primeiro como eu me queria sentir. Pensava que não encarar factos fosse mais fácil e passasse mais rápido. Na verdade, tu fizeste-me perceber que fácil, é, e muito, mas passar?! Não, não passa nem é fácil o que sentamos, mas é mesmo isso: Somos e sofremos de um circulo vicioso que caímos e levantamo-nos, caímos e levantamo-nos. Só isto. Só assim. Nada mais simples, nada mais. Só assim.
Deixa-me olhar para ti e ver-te sorrir. Deixa-me olhar para ti e ver que olhas para mim com esse olhar tão doce. Deixa-me olhar para ti e se assim necessario for, eu ver-te-ei partir. Deixa-me ver-te, só mais uma vez, e outra, depois só uma uma ou duas vezes. E fica comigo a olhar para mim e eu para ti... a ver-te olhar para mim.