Paradoxo.

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«(...) É por isso que eu não fico satisfeito em sentir o que eu sinto se o que eu sinto fica só no meu peito.»

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Pega na mão dela e puxa-a para ele muito carinhosamente. Ela hesita mas mantendo a sua mão perto e bem segura da dele. Sentindo o sentimento a fluir novamente. Ele tenta mais uma vez. Ela diz-lhe:
- Não! Não, não vou por esse caminho que tanto me fez sofrer mas que igualmente me tornou a rapariga mais feliz, por instantes. Por essa razão, não vou novamente. Foi esse caminho que me fez desviar do meu caminho. Tal no inicio como no fim. Não insistas. Agora, é...
Sente um arrepio a correr-lhe a espinha, uma brisa fria e calorosa. Sente os lábios dele a tocar nos dela, sente que não consegue resistir, sente que se vai perder novamente, sente que precisa dele, sente que ele, até hoje, foi o rapaz mais importante da vida dela, sente que não lhe deu o devido valor e que se deixou render pelo medo. Sente que o medo e o orgulho foram, mais uma vez, superiores aos sentimentos. Sente que as suas emoções e momentos instantâneos não foram suficientes para encher o coração dele, mas sente que ele está diferente e arrependido. Sente demasiadas coisas e não para de as sentir. Não consegue terminar a sua frase. Fica inacabada. Sente que perdeu o seu vocabulário. Não se sente capaz nem com forças de soletrar uma possível palavra. Sente fraca e cheia de vida. Sente, principalmente que o quer mais que alguma vez quis tanto alguém. Só é capaz de sentir.
Ele acabando de a beijar, abraçou-se a ela e disse-lhe sussurrando ao seu ouvido «Volta para mim. Não consigo estar sem ti, és a pessoa mais maravilhosa que eu conheci e eu não te consigo tirar te da minha vida por muito que tenha tentado neste ano. És mais importante do que eu alguma vez pensei. Eu amo-te, amo-te mesmo, com toda a minha vida e as minhas forças. Volta comigo, deixa-me pertencer ao teu mundo outra vez, estar fora dele é demasiado doloroso para a minha pequena alma. Contigo sou sempre muito mais. Volta, deixa-me voltar para ti ou volta tu para mim. Não sei nem sei o que estou para aqui a dizer mas eu preciso de ti na minha vida, é só isto que eu tenho a certeza. Eu amo-te, eu amo-te.» Acho (NÃO! Melhor tenho a certeza) que ao ouvir aquelas palavras, aquelas frases, ao seu ouvido como antigamente ela não conseguiu ter nenhuma reacção. Ficou completamente perplexa, sem conseguir mover qualquer parte do corpo. Quer para lhe dar um valente estalo e insulta-lo por tudo aquilo que a fez passar quer para lhe dar um beijo e dizer que o ama e que voltava para ficarem juntos e tentarem melhorar o que teria saído mal na primeira vez. Nada! Ela começou a chorar. Chorou não percebo porquê porque qualquer rapariga no lugar dela diria logo que sim, sem pensar muito no que estava a fazer, mas ela não. Sentiu-se a morrer, sentiu-se a cair num abismo, sentiu todos os aspectos negativos que se pode sentir num momento de pura decisão. Ela odeia ter que tomar decisões. Tomar uma decisão é ter que expandir todas as outras possibilidades que existem ao seu redor. Odeia. Chorou, não pensava, só chorava. Ele abraçou-a, e ficou assim com ela. Passado pouco tempo, ela recomposse levantou-se, limpou as lágrimas, fez-se de rocha, de dura, do mais forte que pode haver e disse-lhe
-Desculpa, eu peço-te imensa desculpa. Só não quero acordar um dia e sentir que tudo o que eu fiz ou tentei fazer foi em vão. Eu não consigo voltar, mas juro-te EU AMO-TE! (Não conseguiu aguentar e uma lágrima escorreu-lhe pela cara.)
-Isso não é desculpa, isso para mim é fita. Amas, amas. Eu aqui, dei o braço o torcer, vim ter contigo, exprimi os meus sentimentos, estou aqui disposto a tudo por ti e a única coisa que eu ouço é «Só não quero acordar um dia e sentir que tudo o que fiz foi em vão, mas eu amo-te»??? Desculpa, isto magoou. - Disse-lhe já a chorar.
-Não me estou a tentar desculpar, nunca faria isso. O que houve entre nós foi demasiado diferente e para mim demasiado bom, também e não me conseguiria utilizar desculpas para nada, mas a decisão foi tua. Eu amo-te, é verdade, mas preciso de percorrer outros caminhos mesmo que esses me voltem a trazer a ti; mesmo que esses não me levem a lado nenhum, eu preciso de sentir novas emoções, viver outras vivas que não a tua que me abrigou durante muito tempo. Eu preciso do teu amor mas, agora preciso muito mais disto. Desculpa. Eu amo-te, juro, mas não quero que a história se volte a repetir.

A reacção dele foi um pouco dura para ela. Ele arrumou as coisas dele e foi-se embora sem nada referir. Ela limittasse a seguir a sua vida sem ele.

1 comentário:

Inversão de Olhares disse...

Não sei de nada, o que foi que disse? xD

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