Paradoxo.

A minha foto
«(...) É por isso que eu não fico satisfeito em sentir o que eu sinto se o que eu sinto fica só no meu peito.»

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Hoje lembrei-me de todos os momentos e a saudade invadiu-me o coração.
Senti saudades das longas conversas e dos longos passeios; dos teus conselhos e dos teus ataques de riso por minha causa. Das nossas conversas sobre o mais absurdo e era isso que a fim e ao cabo dava vida a minha/nossa vida (que partilhávamos tão bem). Dos jantares em tua casa a comer pizza e a ver um filme; da luta de almofadas que não podia faltar e parava para podermos respirar fundo, limpar as lágrimas de tanto rir e poder dar um pouco de descanso aos abdominais. Dos imensos sonhos que ambos partilhávamos e até me faz doer o coração os debates que tínhamos sobre diversos assuntos, dos quais nunca deixei de sair mais culta. Das noites a ir ter contigo e com o André e ficarmos a ver vídeos "estúpidos" no youtube ou a fumar na estação. De tudo me dói, hoje. Uma dor completamente inexplicável. Uma dor, que não deixa de ser dor, sabendo ou não que ainda te continuo a ver e a falar contigo mas, no entanto, não vamos comparar!... É uma dor.
Sem duvida que, hoje, gostaria de poder fotografar todos os sorrisos e abraços que foram ficando perdidos no tempo; gostaria de gravar todas as palavras que foram ditas, repetidas até inventadas num CD; gostaria de filmar todos os momentos dos quais demonstrávamos mais de nós que nós próprios sabíamos num Vídeo para poder saber mesmo que exististe e não passaste de uma identidade métafisica da minha mente. Da minha mente que precisa tanto da tua presença.
E fotografava, e fotografava e fotografava e filmava e gravava; e tudo que fizesse parte do que passávamos, gostaria de ter mais coisas do que só na memoria, porque, vendo o lado positivo: nunca de cá sairá, em contrapartida, a memoria é por demais traiçoeira.
Um dia escreveste-me «(...) o medo de te perder ou de te deixar por este meio; se isso acontecer, deixo-te um bilhete só de ida; rumo ao infinito o melhor lugar que viste na vida (...)»
E agora, eu digo-te: QUAL BILHETE, QUAL INFINITO, QUAL QUÊ?!
O único bilhete que eu quero é da Estação de Ermesinde aos Montes da Costa para ir ter contigo, Pandula!
Sem duvida que foste uma mais valia na minha vida. Sem duvida alguma!
Vitor ♥

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