Paradoxo.

A minha foto
«(...) É por isso que eu não fico satisfeito em sentir o que eu sinto se o que eu sinto fica só no meu peito.»

terça-feira, 9 de junho de 2009

A fotografia e o tempo.

«O album de familia, ao guardar cronologicamente as imagens de uma vida, procura uma emoção especifica, ligada ao facto de a fotografia permitir reviver mentalmente o passado, efectuar idas e vindas entre o passado e o presente, tomar dolorosamente consciencia da distância que separa as epocas. A fotografia amadora está tanto mais proxima da reportagem e geralmente do acto documental, não se prentende estetica, e a emoção que ela acarreta não está ligada a formas mas á recordação de um contexto, ao reconhecimento dos sujeitos fotogrados. Considerada fora deste contexto, por outras palavras, apresentada a pessoas que não fazem parte da familia, a imagem arrisca-se a não impressionar ninguem. (...) Coloca-se então a inevitavel pergunta sobre o valor de uma fotografia, da materia oferecida à sua «leitura», espcialmente no caso do retrato.
O que acontece quando o sujeito ftografado não é uma grande figura da historia, nem uma conhecida figura da alta sociedade, mas alguem totalmente anonimo? Pergunta tanto mais embaraçosa (...). Então, apenas poderemos interessar-nos pelo caracter emblematico da produção, na medida em que ela caracteriza uma atitude, um determinado momento, num lugar e num contexto social particular.»


Belo de um texto. Já me consigo imaginar... Que sonho!! *.*

1 comentário:

Raspberry disse...

Gostei mesmo deste texto sobre o album de familia. É bem verdade, aos olhos dos outros nada significa, aos 'nossos' enche-nos de carinho e recordaçoes.

Sim é mesmo doloroso, tar constantemente a vê-lo partir. Tou confiante que isso mudará!

Beijinho*